Gula, um pecado mortal.

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Deixámos de comer para suprir as necessidades nutricionais do organismos e passamos a comer para acalmar a mente e o coração. Mas porque é que isso aconteceu?

Bem, existem várias razões para isso e por vezes estão assustadoramente interligadas. Stress do dia-a-dia, problemas emocionais, problemas económicos, maior exposição aos media, falta de tempo ou simplesmente preguiça são alguns dos exemplos que nos levam a adotar uma alimentação irrefletida e perigosa.

Sendo que a alimentação é uma necessidade fisiológica da qual não podemos prescindir, a industria alimentar, uma industria pouco transparente e bastante competitiva, manteve-se  um passo à frente "oferecendo" uma vasta gama de produtos alimentares que prometem poupar tempo e dinheiro. Mas esta oferta, apesar de apelativa, é um presente muitas vezes envenenado.

Ao tomarmos consciência do ato de nos alimentarmos, percebemos que vai mais além do que colocar comida na boca. É um ato que desencadeia reações químicas no cérebro ditando o nosso comportamento seguinte. A engenharia alimentar, bem ciente destas reações, conseguiu encontrar a santíssima trindade que nos faz comer mais e mais, mesmo que estejamos a fragilizar a  nossa saúde e conscientes disso. Sal, açúcar e gordura. Os 3 ingredientes que em quantidades perfeitas nos mantêm viciados a uma alimentação artificial e desprovida de valor nutricional. Reduzir o consumo de alimentos industrializados não só reduz a quantidade de lixo doméstico como ajuda a reduzir o apetite desenfreado e insensato, trazendo inúmeros benefícios à nossa saúde e ao nosso ambiente.

Deixo-vos alguns truques para ajudar a contornar o marketing agressivo e tomarem as rédeas da vossa alimentação.

  1. Não comprem por impulso.
  2. Leiam rótulos.
  3. Mantenham-se informados sobre os produtos que consomem.
  4. Dediquem mais tempo em família na cozinha.
  5. Deem sempre preferência aos alimentos "in natura" ao invés de alimentos em caixas, frascos e latinhas.
  6. Não avaliem os produtos pela composição gráfica da embalagem.
  7. Não se deixem seduzir pelos brindes. Raramente têm utilidade ou valor real.
  8. Avaliem sempre as promoções com pés e cabeça.